Victor3D Info
Search    Contact

Escalada

Rede Globo - 20h

6 de Janeiro a 26 de Agosto de 1975

Escalada

Novela de Lauro César Muniz

Direção: Régis Cardoso

Elenco

Tarcísio Meira Suzana Vieira Renée de Vielmond
Milton Moraes Lutero Luiz Kátia D’Angelo
Nathália Thimberg Oswaldo Louzada Nelson Dantas
Sandra Bréa Maria Helena Dias André Valli
Sérgio Britto Zanoni Ferrite Suzy Arruda
Leonardo Villar Tessy Callado Isolda Cresta
Ênio Santos Paulo Ramos Ernesto Imbassay
Cecil Thiré Gilda Sarmento Antônio Vítor
Otávio Augusto Rosita Thomaz Lopes Carlos Durval
Ney Latorraca Vera Gimenez Jorge Coutinho
Roberto Pirillo Reny de Oliveira Apolo Correia
Myriam Pérsia Júlio César Mário Cardoso
Cristina Bittencourt    

Abertura

Sinopse

A vida de Antônio Dias (Tarcísio Meira), nos momentos-chaves. Saindo de Minas Gerais, tenta uma escalada numa pequena cidade de São Paulo. Desperta paixões em duas mulheres: Cândida (Suzana Vieira), com quem se casa, e Marina (Renée de Vielmond), a quem sempre ama.

Na segunda fase, o foco de atenção foi a crise conjugal entre Antônio e Cândida em relação à mesma mulher da adolescência: Marina. O final é a demonstração definitiva dos objetivos do protagonista: o auge de sua ascensão, o degrau mais alto de sua escalada em que o amor dividido entre duas mulheres, ao fim, nada conta.

Comentário

A melhor novela de Lauro César Muniz. Um dos raros momentos de nossa televisão onde tudo atingiu a tônica certa. Memorável criação de Tarcísio Meira, que depois de sete anos atuava sem a parceria de sua mulher Glória Menezes e procurando outro prisma para a sua carreira, o antigalã. Mas a marca mais forte foi deixada por Suzana Vieira, conseguindo com sua interpretação mudar o rumo da história. Era o seu melhor desempenho depois de quinze anos de carreira.

Sequências Antológicas:

O encontro entre Antônio Dias e o governador do Estado Adhemar de Barros; sua chegada para trabalhar na construção de Brasília (o nome de Juscelino Kubitschek não era mencionado no texto por imposição da censura).

Fotos

“Capítulo 105 (Cena 7)

  • ANTÔNIO Eu tenho muita coisa pra te dizer…eu acho que entende…eu acho que nós chegamos num ponto…eu acho que nós chegamos num beco sem saída. Eu tomei uma decisão que vai ser bom pra você também. Eu vou para Goiás.
  • CÂNDIDA …(impassível, em silêncio).
  • ANTÔNIO Vai ter muitas obras…e eu vou administrar tudo. Como você vê é um cargo de muita responsabilidade. É uma grande chance…Não só pra mim. Eu penso também no Ricardo. No futuro dele. Acho que Goiás é uma solução para o nosso caso.
  • CÂNDIDA (ainda em silêncio).
  • ANTÔNIO Vou ficar lá uns dois ou três anos, quem sabe na volta a gente se entende.
  • CÂNDIDA Ela vai com você?
  • ANTÔNIO Quem?
  • CÂNDIDA A Marina.

Cortando para outra cena:

  • CÂNDIDA E você quer ir sozinho?
  • ANTÔNIO É mais lógico, não só porque não resolve nossa situação, como também não há condições pra você e pro Ricardo morarem lá.
  • CÂNDIDA Enquanto você não for pra lá, você fica aqui?
  • ANTÔNIO Você acha isso possível?
  • CÂNDIDA Quem acha que nós estamos num beco sem saída é você. Eu não acho nada disso. Você tá cheio de mim, isso eu sinto.
  • ANTÔNIO …(permanece calado).
  • CÂNDIDA Só tem uma coisa que pode me afastar de você para sempre: aquela mulher. Eu não suportaria mais a humilhação. Se não é ela que está te arrastando de mim…”

“Capítulo 131 (Cena 18)

  • ANTÔNIO Como tem rio…olha o Araguaia que coisa enorme…Tocantins…(ao Sul) o Paranaíba…puxa…e lá pra cima? O Amazonas…já pensou que mundão de terra. Terra virgem…mata virgem…mata fechada (projetando o seu próprio futuro). Um dia a gente vai chegar lá.
  • VALDIR Eu não.
  • ANTÔNIO Dizem que os americanos cobiçam o Amazonas, né?
  • VALDIR Sei lá…os americanos cobiçam tudo.
  • ANTÔNIO (Ri) É…um dia a gente chega no Amazonas…saindo daqui (corre o dedo do centro até a parte de cima - Norte - do mapa). O Horácio acha que a fundação de Brasília é o ponto de partida pra chegar no Amazonas…”