Victor3D

Capítulo 6. Ambiente de trabalho (shell)

O shell é um interpretador de comandos. Ele interage com o sistema operacional, fazendo a ligação entre os comandos que você digita e as atividades que o kernel pode realizar. O propósito do shell é tornar o sistema operacional mais amigável, por ser muito mais fácil para o usuário lembrar o nome do comando que o conjunto de chamadas de sistema que estão por trás dele. O Linux possui mais do que um shell, cada qual com características ligeiramente diferentes e funções especiais. Você pode usar o shell que preferir. O shell padrão para o Linux é o Bourne Again Shell (bash). Entre outros, tem o C-shell (csh), Korn shell (ksh), etc.

Todos os shells do Linux fazem a diferenciação entre letras maiúsculas e minúsculas. Isto significa que os nomes de arquivos devem ser especificados como estão, usando só letras e caracteres maiúsculos, só minísculos ou misturados. Os nomes de arquivos podem ter até 256 caracteres e podem conter muitos tipos diferentes de caracteres. Por exemplo, os nomes de arquivos a seguir são exemplos válidos:

  • Um_nome_arquivo_longo+uma_longa_extensão
  • Arquivoqueélongodemaisparaamaioriadosnomesdearquivos
  • PagueaContaouNuncaMaisVeráSeuGatodeNovo

Outro recurso do shell padrão é a finalização de comandos. Para digitar rapidamente ou localizar o nome de um comando ou todos os comandos com grafias semelhantes, digite as primeiras letras do nome de um comando e, depois, pressione a tecla . Por exemplo, digite o seguinte:

[root@guarani /root]# contr

Pressione a tecla e ficará...

[root@guarani /root]# control-painel

Se você digita somente as duas primeiras letras, precisa pressionar duas vezes a tecla . Por exemplo, digite o seguinte:

[root@guarani /root]# pi

Depois, pressione duas vezes a tecla para obter os seguintes resultados:

Piltoppm    pic         pick    picttoppm    pilot    ping
Pi3topbm    pic2tpic    pico    pidof        pine

O shell exibe todos os arquivos cujos nomes contêm as letras especificadas.

Shell Script - O shell possibilita a interpretação tanto de comandos digitados quanto de comandos armazenados em arquivos, denominados shell script, que não são nada mais do que um arquivo texto com permissão de execução. No Windows, é conhecido como arquivo de lote (batch). Para criar o shell script, crie um arquivo de texto e ajuste suas permissões para que ele se torne executável. Este arquivo pode ser criado com um editor como o joe ou simplesmente o redirecionamento para um arquivo da saída de um comando cat . Nota: Para tornar um arquivo texto em um shell script deve-se usar o comando chmod para mudar suas permissões de acesso.