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Capítulo 13. CD-ROMs, disquetes, discos rígidos e sistemas de arquivos (visão geral)

Um sistema de arquivos é composto por arquivos e diretórios, iniciando em um único diretório denominado raiz. Este diretório pode conter qualquer número de arquivos ou de diretórios, com cada diretório por sua vez seguindo o mesmo conceito e padrões. Um sistema de arquivos padrão normalmente se parece com uma árvore invertida, com os diretórios como galhos e os arquivos como folhas. Sistemas de arquivos residem em unidades de armazenamento de massa como disquetes, discos rígidos e CD-ROMs.

Por exemplo, uma unidade de disquetes no DOS ou Windows é normalmente referenciada como A:. Isso descreve o dispositivo (A:) e o diretório raiz do dispositivo. O disco rígido primário, em sistemas similares, é tipicamente referenciado como C uma vez que a especificação de dispositivos para o primeiro disco rígido é C:. Para especificar o diretório raiz do dispositivo C , pode-se utilizar C:.

Neste caso, teremos então dois sistemas de arquivos - um em A: e o outro em C:. Para especificar qualquer arquivo em um sistema de arquivos DOS/Windows, deve-se especificar o dispositivo no qual ele reside, ou ele deve residir no dispositivo padrão do sistema (o qual é a origem do indicador DOS de linha de comando - é o dispositivo padrão em um sistema com uma única unidade de disco rígido).

Sob Linux é possível definir sistemas de arquivos residentes em diferentes meios de armazenamento como se fossem um único e grande sistema de arquivos. Isso pode ser feito através da definição de um dispositivo dentro de um sistema de arquivos. Por exemplo, enquanto um sistema de arquivos de um diretório raiz de um disquete em DOS pode ser referenciado como A:, o mesmo dispositivo pode ser acessado no Linux com um diretório denominado, por exemplo como /mnt/floppy.

O processo de mesclar sistemas de arquivos desta forma é conhecido como montagem. Quando um dispositivo está montado significa que ele pode ser acessado pelos usuários do sistema. O diretório através do qual o sistema de arquivos pode ser acessado é conhecido como ponto de montagem. No exemplo anterior, /mnt/floppy era o ponto de montagem do disquete. Note que não há restrições (além das convenções normais) de nome de pontos de montagem. Poderíamos facilmente denominar o ponto de montagem com /longo/caminho/para/a/unidade/de/disquete ou simplesmente /A. Um ponto a ser lembrado é que todos os diretórios e arquivos de um dispositivo têm a sua localização no sistema relacionada com o ponto de montagem. Por exemplo, consideremos a seguinte configuração:

Um sistema Linux

/ - diretório raiz do sistema
/cnc - ponto de montagem do CD-ROM

Um CD-ROM

/ - diretório raiz do CD-ROM
/imagens - um diretório de imagens do CD-ROM
/imagens/antigas - um diretório de imagens antigas do CD-ROM

Enquanto que na descrição acima, temos uma apresentação individualizada dos sistemas de arquivos e ao se montar o CD-ROM em /cnc, a nova estrutura de diretórios do sistema terá a seguinte configuração:

Um sistema Linux com o CD-ROM montado:

/ - diretório raiz do sistema
/cnc - diretório raiz do CD-ROM
/cnc/imagens - um diretório de imagens do CD-ROM
/cnc/imagens/antigas - um diretório de imagens antigas do CD-ROM

Para montar um sistema de arquivos esteja seguro de estar acessando o sistema como superusuário ou de usar o comando su (man su - em português). Uma vez tendo os privilégios de superusuário, execute o comando mount (man mount - em português) seguido pelo dispositivo e pelo ponto de montagem. Por exemplo, para montar a primeira unidade de disquete em /mnt/floppy, pode-se digitar o seguinte comando:

[root@guarani /root]# mount /dev/fd0 /mnt/floppy

Para acessar os dados em um disquete formatado em ext2, basta digitar cd /mnt/floppy. Na instalação o Conectiva Linux irá criar um arquivo chamado /etc/fstab. Este arquivo contém informações que permitem sintetizar os comandos de montagem de dispositivos. Usando-se as informações contidas naquele arquivo, pode-se comandar somente mount e então, ou o ponto de montagem ou o dispositivo. O comando mount irá então procurar o restante das informações em /etc/fstab. É possível modificar manualmente o arquivo com um editor de texto simples, ou pelo utilitário Linuxconf, dentro do Sistema X

Revendo:

Para acessar um floppy disk , isto é, um disco flexível, você terá que utilizar o comando mount. Você terá que ter o driver e o device respectivamente (fd0, fd1, fd2, etc.). Então você deverá digitar:

mount /dev/fd0 /diretório_ao_disco_ser_acessado

Seguindo o formato acima, coloque um disquete (3 œ”) no drive e digite:

[root@guarani /root]# mount /dev/fd0 /mnt

Isto fará com que você acesse o disquete que está no drive atualmente.

Quando você quiser retirar o disco geralmente deve-se ‘desmontá-lo’ primeiro. Digite:

[root@guarani /root]# umount /diretório_acessado

Se preferir, pode também criar um shell script, que pode se chamar, por exemplo de ‘diskon’ (Para ativar) e ‘diskoff’ (Para desativar), ou os nomes que preferir. Então para melhor utilização, coloque este arquivo em um diretório PATH. Ou até mesmo, especifique-o com o comando alias dentro do arquivo de configuração do shell padrão.

Para acessar o CD-ROM, a forma e os comandos são os mesmos, alterando apenas o device que corresponda ao drive desejado (neste caso, /dev/cdrom )

Se o comando mount é executado sem parâmetros, ele lista todos os sistemas de arquivos atualmente montados.

Para maiores esclarecimentos, use o comando man (man mount).