O Direito de Nascer
TV Tupi - 21h30
de 7 de Dezembro de 1964 a 3 de Agosto de 1965
Novela de Félix Caignet
adaptada para a TV por Talma de Oliveira e Teixeira Filho.
Elenco
Atores | Personagens |
---|---|
Amilton Fernandes | Albertinho Limonta |
Nathália Thimberg | Maria Helena |
Isaura Bruno | Mamãe Dolores |
Guy Loup | Isabel Cristina |
José Parisi | Jorge Luís |
Elísio de Albuquerque | Dom Rafael |
Maria Luíza Castelli | Conceição |
Vininha de Moraes | Dorinha |
Rolando Boldrin | Ricardo |
Henrique Martins | Alfredo |
Luiz Gustavo | |
Vera Campos |
Sinopse
Maria Helena é a mãe solteira na sociedade moralista de Cuba do início do século. Seu filho é ameaçado pelo pai tirano - Dom Rafael -, que não aceita o neto bastardo. A negra Dolores, a empregada da família, foge levando a criança. Com outro nome e em outra cidade, cria e educa Albertinho, que se forma em medicina. Os anos e a ironia da vida mostrarão que Dom Rafael, o avô poderoso, estava errado. O neto bastardo o salva da morte e acaba se casando com sua neta Isabel Cristina.
Opinião
Este original cubano de 1946 é sempre lembrado por ter os ingredientes necessários para chegar às profundas emoções do ser humano. Sua história, por incrível que pareça, não apresenta nenhum mistério que o telespectador só saberá ao final. Ao contrário, o público é quem sabe de tudo. Os personagens em cena se entrelaçam sem se conhecer suficientemente para admitir seus laços familiares. A expectativa se restringe em ver a reação de cada um ante novas revelações.
A primeira versão desta novela na TV Tupi estreou em 7 de dezembro de 1964, às 21h30. Começava então um capítulo especial no sucesso das telenovelas. Seu encerramento, a 13 de agosto de 1965, teve uma festa no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e no dia seguinte a façanha seria repetida com maior repercussão no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. O estádio superlotado dava uma mostra do poder das novelas sobre as massas. Numa espécie de neurose coletiva, o povo gritava os nomes dos personagens e chorava por Mamãe Dolores, Maria Helena e Albertinho. No tumulto do primeiro grande sucesso que a TV Brasileira registrava, a atriz Guy Loup (passando a assinar por um bom tempo o nome de seu personagem, Isabel Cristina) chegou a desmair ante a emoção. Na verdade, nenhum ator brasileiro, em qualquer época, tivera as honras de tanta ovação.
Antes da apresentação na TV, “O Direito de Nascer” já havia sido sucesso no rádio. Em São Paulo, através da Rádio Tupi, com Walter Foster interpretando Albertinho Limonta. No Rio de Janeiro, através da Rádio Nacional, sendo a voz do protagonista interpretada por Paulo Gracindo. Ambas as apresentações são da década de 50.